quinta-feira, 31 de maio de 2007

Lingüiça Revolts!

Não sou mais um ser petrificado.
Desvirtuo-me desta gosma estática acinzentada.
Não suporto mesmices, as quebro em golpes de olhar.
Todo este cotidiano repetitivo e sem nenhum impulso estimulante.
Pulso parado, sangue coagulado. Pulso rasgado, sangue pulsante.
Sempre o mesmo fantasma a me seguir, prazer em revê-lo, senhor paradoxo.
Corro de costas neste trânsito robótico,
colidir é minha diversão, meu prazer sem perdão
Acho tão natural o dês-comum.
Viver para morrer não consta em meu vocabulário
Leia os meu lábios: "tenho cara de otária?!"
Todo dia o mesmo caminho.
As mesmas pessoas. Os mesmos horários.
A mesma maldita falta do que fazer.
Os mesmos compromissos dês-compromissados.
As mesmas bocas. Os mesmos beijos.
Os mesmos sexos. O mesmo desejo.
A ânsia de fugir de todas as mesmas coisas.
A busca incessante pelo novo desconhecido,
o sentimento de vazio dentro desta cheia cabeça.
Nascida para viver. Redundância exclusiva de contáveis seres.
Encaixo-me no patamar dos estranhos estranhados.
Ao andar, corro. Ao sorrir, morro.
Mas revivo a cada lágrima jorrada,
e aprendo quando paro para contemplar o nada.
Maldita sina das horas confundirem-se com os minutos,
quero correr, viver, morrer, tudo. Tudo exatamente junto.

Um comentário:

Hipócrates disse...

Senti... uma angústia concentrada neste texto. É preciso diluir. Adicione álcool. =[


No momento estou aguardando um certo post sobre uma certa letra 'L'.

beijos, minha filósofa favorita.