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Ainda estatelada no sofá da sala, ainda olhando fixamente para a luz vermelha do abajur ao chão, ela desenvolvia. Inacreditável um céu sem estrelas. Inacreditável caminhar sem taciturnas testemunhas. Intercalava o vermelho do abajur com o branco vazio do teto, tinha toda a certeza de que, por entre os sons de carros acelerados e sirenes escandalosas, ouviam-se sussurros de uma vida latente. Distante, lá fora, lá pra cima...
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Adorava sentir-se extasiada, adorava aquela sensação dos neurônios pulsando forte. Concluía sua divagação ao silêncio: sob esse céu carregado de estrela alguma, levo comigo minha própria constelação... Tão logo ousou continuar sua linha de raciocínio, Caetano invadiu a sala edificando um novo muro de significação...
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