segunda-feira, 14 de maio de 2007

A boa e velha lingüiça clichê: pecar custa caro

Refugio-me. Olho no espelho retrovisor e não vejo o que há por trás.

Escondo-me novamente no retiro dos infortúnios.

Mais uma vez desilusão. Mais uma vez decepção.

Nascida para personificar todos os paradoxos da vida.

Um sorriso trazendo profunda tristeza.

Por que tem que ser assim?

Por que tudo necessita um porquê?

Não sei. Serei sempre aquela que as pessoas não entendem.

Serei sempre a seca lágrima que insiste em esconder-se.

O coração apertado e a falta de ar momentânea.

Este misto de tristeza, agonia e desespero. Internos.

Privarei o mundo de meu jardim de horrores.

E meu vício de observar o vento pentear a copa das árvores

parece-me, hoje, ter mais sentido.

Estou fugindo. Não me envergonho.

Mergulhada no meu infinito amoral, imoral, normal.

Engraçado, os piores dias da minha vida insistem em ser os mais belos.

Céu límpido azul anil, árvores verde-amareladas.

Uma deliciosa brisa a arrepiar meu dorso. As horas parecem propositalmente congelar-se.

E este aperto que não cessa.

E este profundo respirar que faz minha alma se contorcer em dores.

Quero chorar. Preciso chorar.

Recorrer-me-ei ao infinito.

Um comentário:

Hipócrates disse...

Devo admitir que, ao ler esta TORA LITERÁRIA, senti um imenso vazio. Talvez por que esteja numa fase da vida onde penso mais no futuro do que no presente, ou talvez por que esteja com uma puta fome escrota.

Em todo caso, devo dizer que sua habilidade de evocar estímulos nos leitores virtuais é algo digno somente de semi-deuses da destruição nefasta e global.

Peço-lhe que visite nosso blog pois estamos com um texto novo.

Amplexos e ósculos.