sexta-feira, 4 de maio de 2007

Hãããnnn (dedinhos)

Embasada em um processo de introspecção totalitária, proseava eu com o meu outrem que, estático e mudo, pôs-se a habitar meus axônios em tempos remotos. Quiçá ele não saiba, mas diante de árduos dias de labuta diária ponderei o retorno custo-benefício que alquilar meus pertences naturais trazia-me. Deparei-me cansada com esta realidade esdrúxula que, movida pela devoção exacerbada de cousas desprovidas de capacidade intelectual, busca apenas a egosatisfação. Colocar-me-ei contra esta mais-valia desvairada que insiste em explorar os menos favorecidos, doa a quem doer o uso de minha supracitada mesóclise. A empregarei sem medir esforços, sempre colocando em voga o sentimento comum a grande massa covardemente pisoteada. Chega de infortúnios! Pela sua atenção, sou grata.
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O texto de hoje é especialmente dedicado para minha grande amiga Isabel Noronha, fã incondicional de minhas lingüiças, inclusive ela diz que tenho dedos da tal iguaria. Isabel certa vez, me zuando pelo constante uso de palavras pouco conhecidas e construções literárias complexas, me pediu para fazer um texto que tivesse um "quiçá", um "voga" e uma mesóclise. Ai está. hahahahaha

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