quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Confusão.
Esta é a sombra que me vem acompanhando faz muito.
Não é bem aquela coisa “quem sou, de onde vim, para onde vou”.
Não. Passa longe disso.
Sempre fui uma pessoa bem resolvida a este respeito,
daquelas que deixa o amanhã dizer.
E se ele não dizer, é porque não era para ser.
Clichê? Sim, clichêzinho infame e proposital.
Mas de um nível de realidade absurdo!
Eu sei quem sou, de onde vim e o “para onde vou” depende (e muito) do meu estado de espírito.
Sou uma criança.
Daquelas que se explode numa deliciosa sensação ao ver o sol das 18h.
Sim, ele me agrada. Acho lindo, mágico, de um nível poético inimaginável.Simplesmente inspirador.
Passaria horas deitada na grama, fitando aquele céu azul e o sol a gritar de amarelo ouro um saudoso tchau. O espetáculo da despedida.
Passaria, não fossem os compromissos da idade que, seguindo a teoria, sentiu-se obrigada a passar.
Eu sei minha real idade. A mim, estes numerozinhos ai não enganam não.
De onde vim?
De bem longe, onde as nuvens descansam e a lua joga poker com as estrelas.
De onde o vento canta suaves melodias táteis que arrepiam o corpo a cada nota musical.
Da cidade vizinha à Terra do Nunca e a 20km do País das Maravilhas.
De onde se lê uma placa “curva do vento”.
Onde rótulos e nomeações pouco importam.
E é para lá, aqui e acolá que eu vou.
Vou sem deixar de perder o rumo, e parando em cada cidadezinha desconhecida.
Vou com lenço, sem documento algum, e no bolso um pedaço de papel escrito Srta. Humana.
Vou sem medo, carregando apenas minha bagagem de sorrisos.
Encontrando-me e descobrindo um pedaço de mim em cada lugar.
Deixando migalhas de saudades, para o caso de querer voltar.
Não me perco, pois ainda não me achei.
Vivo uma eterna brincadeira de pique esconde comigo mesma.
“Um, dois, três, salve (m-se) todos!”
...

2 comentários:

Heráclides disse...

EXUBERANTE!

Heráclides disse...

Voltei, reli e vi que minha impressão não mudou: exuberante!