terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Fui assolada por uma dura estiagem de palavras. Meses inertes, nos quais viver uma passageira utopia amorosa tomava-me o tempo... Linda tempestade verborrágica que me surpreende agora, em perfeita hora! Gozo novamente ao ver meus garranchos emaranhados nesta folha de caderno, frutos da empolgação em significar. Re-acendo em mim aquele, há muito tempo morto, fogo nas entranhas. Disputando meus sentidos com o frio na espinha cervical. Confusão sensitiva. O gelo na barriga me assola de tal forma que minha letra emaranha-se ainda mais com os tremeliques de prazer. Em alguns segundos espalharei todo meu suco nesta cerimônia que se sacramenta agora. Não consigo parar. Não me canso, mas minha respiração torna-se cada vez mais ofegante. Respiro fundo, sinto o afrodisíaco perfume da madrugada. Meu coração parece atingir seu limite de batidas por segundo. Uma explosão toma-me o ventre. Desfaleço sobre meu mais novo filho, posso morrer em paz agora. Obrigada tempestade! Poder colorir de azul anil este mórbido e vazio papel em branco me excita. Neste ato, dou vida aos meus pensamentos mais secretos. Escrevo sim. Escrevo porque adoro brincar de Deus.

5 comentários:

Unknown disse...

Poeta demais vc ein Manu LópeZzZz...
Gostei muitO !
BjZz
CarlinhoZ .
hu eh monobloco =P

Anônimo disse...

GENIAL.... vc não em si de tantas idéias geniais... vc é um gênio! E mto linda tb, hehehehe!

Anônimo disse...

eu quis dizer "cabe" não saiu no outro coment ae... foi mals! Hehehehe... bjos de novo!

Anônimo disse...

Boooa Manuzitcha!! Tem o dom da palavra. ADORO amigas cultas, rs.
Besos
Mallen

Heráclides disse...

Direi sobre o que acabo de ler: Reparem, é assim que me sinto! Céus... Não são palavras minhas, no entanto, vejo-me tão nitidamente!